Taxa selic

Correio do Povo - Porto Alegre/RS

Selic vai cair ainda mais -
Brasília - A desaceleração da economia brasileira maior do que se esperava, no segundo semestre do ano passado, a demora da solução da crise europeia e a tendência de queda da inflação foram as principais justificativas apontadas pelas Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central para reduzir a taxa básica de juros do país. Na semana passada, o Copom acelerou o passo e reduziu a taxa básica de juros do país em 0,75 ponto percentual, para 9,75% ao ano, voltando ao patamar de um dígito depois de quase dois anos. Na ata da reunião, divulgada ontem, o Comitê sinaliza que a taxa tende a continuar caindo nos próximos meses, assim como a inflação. "O Copom atribui elevada probabilidade à concretização de um cenário que contempla a taxa Selic se deslocando para patamares ligeiramente acima dos mínimos históricos, e nesses patamares se estabilizando", diz o texto da ata. A mínima histórica da Selic, que começou a ser calculada em 1999, foi registrada entre julho de 2009 e março de 2010, quando ficou em 8,75% ao ano. O órgão afirma, ainda, que persistem riscos associados ao processo de "desalavancagem" - de bancos, de famílias e de governos - atualmente em curso nos principais blocos econômicos. "O processo de moderação em que se encontrava a economia brasileira já no primeiro semestre do ano passado foi potencializado pela fragilidade da economia global", acrescenta a ata. No documento, o Copom alerta que, diante de um mercado de trabalho forte, há um risco "importante" na concessão de "aumentos de salários incompatíveis com o crescimento da produtividade" e consequente impacto na inflação. A boa notícia é que o BC continua acreditando que não haverá reajuste nos preços da gasolina e do gás (GLP) em 2012. Para a economista-chefe da Icap Brasil, Inês Filipa, a ata do Copom indica que a taxa Selic ficará em 9% este ano. O último Boletim Focus - levantamento semanal feito pelo BC com analistas de