Sócrates

Sócrates fundamentava sua filosofia através da argumentação das perguntas, perguntas essas sem respostas, porque ele não dava respostas aos seus questionamentos, acabava sendo um discurso sem fundamentação. Sócrates questiona os sofistas e os valores da sociedade da época e por isso era considerado e acusado de ser um corruptor dos valores da sociedade e da juventude. Sócrates inaugura um novo método filosófico, a “maiêutica”, que era através de perguntas e questionamentos. Ele inaugura o discurso filosófico porque inicia algo de fato novo pra época: a dúvida ao senso comum. Coloca em dúvida o “saber” naturalizado. Na verdade ele inaugura uma suspeita, uma desconfiança e faz perguntas sobre coisas óbvias, mas Sócrates não afirma nem responde nada ele apenas ensina a desconfiar.

Essa é uma das diferenças entre ele, Platão e os demais filósofos, Pois os outros, ao contrário de Sócrates, afirmam ideias, questionam e posteriormente afirma teorias e pensamentos.

Platão tira um pouco o diálogo das praças públicas como era com os sofistas e Sócrates, e leva esses diálogos para a academia, para também ter um espaço protegido e não ter o mesmo fim de Sócrates. (que ficava mais exposto nas praças).

Platão tem como método os diálogos com personagens que apresentam pontos de vista e os defendem, por exemplo, o mito da caverna. Neste, Platão, através de uma representação de Sócrates, da uma ideia de que há um saber, rompendo dessa foram com a ideia de Sócrates, de que “só sei que nada sei”.

A alegoria da caverna fala, essencialmente, sobre o conhecimento e "mostra" como as pessoas vivem antes e depois dele. Antes das pessoas encontrarem ou adquirirem o conhecimento elas vivem na caverna e veem as coisas como sombras refletidas nas paredes da caverna. Quando elas saem da caverna, descobrem o conhecimento e passam a ver as coisas como realmente são.
Observa-se que Platão usa a figura de Sócrates, que nunca afirmou ter algum conhecimento sobre a verdade das coisas,