Síria

A guerra civil síria
A Síria está em guerra civil desde janeiro de 2011, quando surgiram manifestações em Daraa, no sudoeste do país, com a maioria sunita (que se considera prejudicada pelo governo) e a população reivindicando, no geral, por mais “democracia e liberdade de expressão em um dos países mais repressivos do mundo árabe” (ENTENDA, 2013).
No início, a rebelião tinha caráter pacífico e não tinha como objetivo a renúncia do presidente Bashar Al Assad, que governa o país desde a morte do pai, Hafez Al Assad, em 2000. Mas, com a prisão de um grupo de crianças que haviam pichado nos muros da cidade mensagens de protesto (mais precisamente o slogan dos levantes revolucionários no Egito e na Tunísia: “o povo quer a queda do regime”) e a suspeita de que teriam sido torturadas acabou gerando uma revolta popular. Devido à dura repressão do governo, o movimento se espalhou pelo país e passou a ser apoiado por “militares desertores e por grupos islamitas como, por exemplo, a Irmandade Muçulmana, do Egito e também por radicais com o grupo Al-Nursa, uma franquia da rede terrorista da Al-Qaeda, com o objetivo de derrubar o regime”. (ENTENDA, 2013)
Mais de 115 mil já morreram em conflitos entre forças do governo de Assad e os rebeldes, e mais de dois milhões de sírios estão refugiados. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a previsão é que até 2014 mais 4,25 milhões de pessoas deixem o país. Tendo isso em vista, essa guerra já é considerada a mais longa e violenta da Primavera Árabe. No entanto, um fato que diferencia a rebelião da Síria é o fato de não estarem protestando contra radicais islâmicos, como no Egito, por exemplo.
No dia 21 de agosto deste ano, a Coalizão Nacional Síria (CNFROS), que faz parte da oposição ao governo de Assad, relatou o uso de armas químicas pelo governo no subúrbio de Damasco, em Ghouta, região dominada por rebeldes. Além de ser o ataque mais violento com o uso de armas químicas em quase três anos de guerra civil, o incidente