Síntese: o sistema político do principado

SÍNTESE: O SISTEMA POLÍTICO DO PRINCIPADO Em Roma, o período republicano antecedeu o principado. Historiadores divergem na data que marca o final desse período, mas concordam com o fato de que o fim da Res publica não foi repentino, vários fatos somaram-se até que tal período se esgotasse, vindo a se unir com o Principado. Entre eles, as constantes crises políticas, a ditadura do triunvirato, e o golpe deflagrado por Otávio, herdeiro de Júlio César que outrora idealizará o Principado, contra Marco Antônio, acusando-o de afastamento das tradições romanas e ameaça de orientalização devido a sua proximidade com Cleópatra e seus filhos egípcios. A partir disso, Otávio começou a construção de um novo sistema político, sob uma máscara republicana. Tornou-se Augusto, o princeps, recebeu poder civil, religioso e militar sobre certo número de províncias, e não demorou a reduzir a participação popular na política à mera formalidade, diminuindo a autoridade do Senado e criando novos cargos para os senadores. Preocupou-se também em manter o exército sempre ao seu lado, o que significava a submissão de todo o povo a sua autoridade, e assumiu o papel de velar pelos costumes e pela lei, logo exercendo poder absoluto sobre todos os institutos políticos do Estado. Mais do que isso, Augusto também quis assumir para si uma identidade sagrada. Para a paz de Roma, era necessário que o poder estivesse centralizado em suas mãos, pois somente ele poderia ser um chefe sábio, racional e virtuoso.
Os problemas do Principado começam quando Augusto indica Tibério para sua sucessão, dando-lhe poderes sobre o comando militar e tribuno. Com sua morte, então, bastava apenas à aceitação do Senado para que este fosse instituído imperador. Porém, o relacionamento de Tibério com o Senado logo se rompeu sob intrigas e ameaças de conspiração, provocando sua morte.
Com sua morte, Calígula foi aclamado pelo exército. Por causa de suas tendências tirânicas, também não obteve bom relacionamento com