Síndrome de burnout
A síndrome de Burnout é um conceito que surgiu no campo do estresse ocupacional e que recentemente tem chamado a atenção por parte dos pesquisadores. Antes de mais nada, cabe aqui, conceituar o estresse ocupacional para que se possa entender esta nova síndrome que ameaça o ser humano no tocante à sua saúde.
Assim temos:
Estresse ocupacional pode ser entendido como as situações em que a pessoa percebe o seu ambiente de trabalho como ameaçador às suas necessidades de realização profissional e pessoal, e/ou à sua saúde física e mental, prejudicando a interação desta com o trabalho e com o ambiente de trabalho, à medida que esse ambiente contém demandas excessivas a ela, ou que não contém recursos adequados para enfrentar tais situações (FRANÇA, 1999, p. 31).
Portanto, o estresse para este autor, nem sempre é prejudicial, porém quando se torna prolongado é uma das causas do esgotamento que pode levar ao burnout.
Codo (2002), afirma que não existe uma definição única sobre o burnout, todavia é consenso que seria uma resposta ao estresse laboral crônico. França (1999), a conceitua como uma síndrome caracterizada pelo esgotamento físico, psíquico e emocional, em decorrência de trabalho estressante e excessivo. É um quadro clínico resultante da má adaptação do homem ao seu trabalho.
É uma resposta á tensão emocional crônica decorrente do trabalho que implica em relações diretas e constantes com pessoas, como é o caso dos professores. É um resultado final de um processo no qual profissionais motivados e comprometidos perdem o entusiasmo e encontram-se emocionalmente esgotados. Porém, atualmente, o conceito se estende a todo o tipo de profissionais e grupos ocupacionais, de acordo com Maslach, Schaufeli & Leiter apud Jimenez et al. (2002).
A diferença entre burnout e estresse percebe-se então da seguinte forma: segundo Codo (2002), o primeiro envolve atitudes e condutas negativas com relação aos usuários dos seus