Sáude

INTRODUÇÃO No Brasil, as imensas desigualdades no acesso aos recursos de saúde pública sugerem a aplicação da ética visando garantir a dignidade da vida humana. Os conceitos de saúde e de doença formam o ponto de referência para a atuação de forma ética dos profissionais da área da saúde. De acordo com os direitos humanos, toda pessoa tem direito à saúde, porém esse conceito provoca um equívoco no que se trata de saúde ideal.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) a saúde não é apenas um conceito natural e biológico, mas também é cultural e biográfico. Sendo assim, não existe dúvida de que a doença é entendida como um problema biológico e que a saúde por outro lado, não é somente a ausência de doença, mas também um status biográfico diretamente relacionado aos próprios valores e à própria idéia de felicidade.

Saúde não pode ser considerada apenas como ausência de doença, é antes de tudo a resultante das condições de alimentação, habitação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, lazer, liberdade e acesso e serviços de saúde. São condições de vida e das relações estabelecidas entre si e com a natureza, através do trabalho. (PESSINI cols. BARCHIFONTAINE, 2005, p. 146)

Para Gracia ( ano em que foi publicado, livro q Jak pegou) a saúde tornou-se um empreendimento moral, não por apenas ser um predicado natural, mas por ser um valor. Com isto, saúde só pode ser corretamente definida em termos morais. Talvez estejamos começando a interpretar a saúde não como empreendimento biológico, mas como um empreendimento moral, sendo este o principal objetivo da bioética.

A trajetória da Política Pública de Saúde no Brasil esteve vinculada a Previdência Social através das Caixas de Aposentadoria e Pensões , nos anos 20 e dos Institutos de Aposentadorias e Pensões por categorias profissionais criados na década de 30. O Ministério da Saúde sempre respondeu apenas pelas ações preventivas, assumindo um papel