sá porra

1649 palavras 7 páginas
Na República Platão descreve o diálogo no qual Sócrates pesquisa a natureza da justiça e da injustiça. Para isso, transferindo a análise do individual ao coletivo, procura a justiça “em letras grandes”, imaginando a constituição de uma cidade ideal. À medida em que essa cidade vai sendo construída, desde sua forma mais primitiva até se tornar mais complexa, há a necessidade de uma especialização de tarefas cada vez maior. Essa cidade terá então uma classe de guardiões para defendê-la e estes deverão receber uma boa educação para que sejam, segundo Sócrates, “brandos para os compatriotas embora acerbos para os inimigos; caso contrário não terão de esperar que outros a destruam, mas eles mesmos se anteciparão a fazê-lo”
(375c).ência; e outra ainda constituída por ambas, que se usa na composição da epopéia e de muitos outros gêneros” (394d). No livro III da República, a conclusão é que o uso da mímese deverá ser limitado se destinando apenas à imitação dos homens de bem, pois, segundo Sócrates, “a baixeza, não devem ser capaz de praticá-la nem ser capazes de a imitar, nem nenhum dos outros vícios, a fim de que, partindo da imitação, passem ao gozo da realidade” (395c).
A partir daí, o tema da poesia irá reaparecer no diálogo somente no livro X, após o assunto principal da República, que é a definição da justiça na cidade, estar aparentemente concluído.
Qual seriam as razões para esse deslocado retorno ao tema? Vários comentadores consideram o livro X como um apêndice1
, e ainda que haja quem o considere até mesmo como um epílogo2 em relação ao restante da obra, o fato é que o que é dito sobre a poesia e a mímese no livro X não parece se encaixar muito bem com o que havia sido dito antes.
Se nos livros II e III, como vimos, o objetivo de Sócrates é tratar dos regulamentos que deveriam ser impostos à poesia como um todo, fazendo parte dela suas modalidades imitativa e não imitativa, no livro X há um
deslocamento

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