Sustentabilidade Urbana

ESTRUTURAL E PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO
A gênese da cidade estrutural é uma invasão de catadores de lixo próxima ao aterro sanitário do Distrito Federal. Foram necessários cerca de 50 anos para que a invasão recebesse o status de cidade satélite, e a população atual, em torno de 38000 habitantes, ainda convive com precárias condições de saneamento básico, educação, saúde, segurança e infraestrutura, problemas que ao passar das cinco décadas foram se agravando.
A invasão é uma forma de ocupação espontânea e desordenada, portanto não pressupõe nenhum planejamento. A ausência de estratégias urbanísticas geram problemas de dimensionamento de vias (que naturalmente se conformam estreitas e sem asfalto, o que futuramente dificulta a instalação de redes de esgoto e drenagem das águas pluviais), esgoto irregular despejado em vias públicas e deposição de resíduos sólidos em local sem controle. Há ainda como agravante na Cidade Estrutural, a proximidade com o lixão, que traz às casas dos moradores ratos, baratas, além de representar uma fonte de contaminação do solo e mananciais de água. Mesmo assim muitas famílias garantem suas rendas através da exploração do lixão.
Uma possível saída para esses problemas está no Plano Municipal de Saneamento (PMS), que visa à melhoria imediata dos serviços e prevê um planejamento para a ocupação futura. A participação da sociedade nesse processo é crucial para seu êxito.
O PMS tem início com um diagnóstico socioeconômico e biofísico do local a ser implantado, além de um diagnóstico dos sistemas de saneamento básico, para conhecer suas características e situação atual. Um Grupo de Trabalho, formado por representantes de setores da sociedade ligados ao saneamento é indicado para elaboração do diagnóstico. Depois é necessário possibilitar à população o acesso às informações e realizar campanhas educativas de conscientização ambiental, para que a sociedade pense sustentavelmente e coletivamente e tenha participação ativa na gestão dos