Surto de leptospirose na cidade de Pacoti, Ceará

2105 palavras 9 páginas
Ano 10, n° 9 dezembro 2010

INVESTIGAÇÃO DO SURTO DE LEPTOSPIROSE NO MUNICÍPIO DE PACOTI, CEARÁ, EM 2009

Edição e produção
Núcleo de Comunicação
Secretaria de Vigilância em Saúde
Ministério da Saúde
Endereço
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Ministério da Saúde
Quadra 4 – Bloco A
Edifício Principal
1º andar
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Contatos e-mail: svs@saude.gov.br
Endereço na internet: www.saude.gov.br/svs A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda, cujo agente etiológico é a Leptospira, e os principais reservatórios são roedores sinantrópicos, destacando-se o Rattus norvegicus (rato de esgoto) como principal portador do sorovar Icterohaemorraghiae, um dos mais patogênicos ao homem1,2. A infecção humana resulta do contato direto da pele ou mucosas com urina de animais infectados presente em coleções hídricas e em água e lama de enchente. O período de incubação varia de um a 30 dias (média, 7 a 14 dias).
A forma anictérica ocorre em 90% dos casos, podendo ser confundida com uma “virose”, influenza, dengue, etc. Quando moderada ou grave, a leptospirose cursa duas fases: a) septicêmica, que dura de quatro a sete dias, com febre remitente, cefaleia, mialgias, anorexia, náuseas e vômito, evoluindo com redução gradual da febre, sem sudorese; e, b) a fase imune, que se inicia com o recrudescimento da febre, de menor intensidade, durando de uma a três semanas (quatro a 30 dias), com cefaléia intensa, irritação meníngea, miocardite, hemorragia ocular, exantemas maculares, maculopapulares, urticariformes ou petéquias, entre outros sintomas.
A forma ictérica ou ictero-hemorrágica evolui com insuficiência renal, fenômenos hemorrágicos e alterações hemodinâmicas, exigindo, frequentemente, cuidados intensivos e com taxas de letalidade variando entre 5% e 20%. O diagnóstico sorológico pelo
Elisa-IgM ou Microaglutinação (MAT) deve ser feito a partir do sétimo dia do início dos sintomas. Entre os diagnósticos diferenciais

encontram-se as “viroses”,

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