Surgimento da universidade
De acordo com a leitura de alguns teóricos que tratam do assunto, viu-se que as primeiras universidades surgiram durante a Idade Média na Europa e eram ligadas à igreja ou à corte real. Também não existia idade para ingresso. Na maioria das vezes, as pessoas ingressavam nas universidades porque isto propiciava inserção política e cultural na sociedade. Mesmo sendo doutrinárias, foram nesses espaços que se formalizaram os primeiros avanços do desenvolvimento do pensamento científico (ou investigativo). Essas instituições não possuíam autonomia no âmbito da lei, pois dependiam diretamente do bispo local e os universitários tinham imunidades similares às dos clérigos (que eram os homens letrados e não, necessariamente, religiosos), desde que adotassem algumas práticas destes, como as vestimentas, assim como fórum privilegiado (o julgamento era realizado pela Corte dos Bispos) e imunidade contra perda de propriedade em virtude de dívidas de seus conterrâneos. Antes do surgimento destas instituições, eram os mosteiros que desempenhavam papéis essenciais na preservação e difusão de conhecimentos. Com as universidades, o conhecimento torna-se mais livre e coloca-se na ordem do dia a importância dos saberes científico. Apesar de conhecermos tal inovação, não podemos simplesmente transportar nosso conceito de universidade para aqueles dias. Ao contrário de hoje, a universidade não era o sinônimo de um grande número de salas e prédios, onde as mais variadas áreas do conhecimento viriam a ser estudadas. No período medieval, a universidade, que em sua acepção original significava “corporação”, fazia referência ao conjunto de professores e alunos que faziam parte de uma instituição de ensino. Os relatos que apontam o surgimento de universidades indicam que as primeiras teriam aparecido nas cidades européias de Oxford, Paris e Bolonha. Geralmente, um aluno universitário era admitido