Suicídio em Durkheim - Optica aliada ao longa "A vida secreta das abelhas"

862 palavras 4 páginas
SUICÍDIO

“Nesse mundo devastado, onde a impossibilidade de conhecer é demonstrada, onde o nada parece a única realidade e o desespero sem saída a única atitude, ele tenta reencontrar o fio de Ariadne que conduz aos segredos divinos...” (Albert Camus, 1989 – O Mito de Sísifo)

Pode-se então seguir esta mesma linha de raciocínio quando tratamos da personagem May (Sophie Okonedo) no filme “A Vida Secreta das Abelhas”, em que a garota em questão perde sua irmã gêmea da qual eram extremamente ligadas, dito que, quando citadas no filme expressam que eram como dois corpos que partilhavam a mesma alma, em uma ilusória aura de que, quando algo de ruim acontecesse com uma, a outra também sentiria.
E é a partir desse jogo quase mexicano de idéias que iniciamos a análise sobre a personagem. Após esse trágico acontecimento, May torna-se bastante sensível, qualquer coisa que tenha algum sentido negativo a afeta profundamente. Até mesmo os médicos já diziam que o que ela tinha era incurável, mas, por insistência das irmãs da mesma continuaram com May e criaram seu próprio “Muro das Lamentações”, muro este de baixa estatura, situado no quintal de sua casa, construído com grandes blocos de ardósia bruta e, quando ela sentia-se mal, depositava em meio ao seu muro bilhetes com aquilo que lhe atormentava, ato que, aparentemente, deixava-a melhor.
Num contexto histórico de 1964, situado numa das piores fases do racismo, tem-se o agravante da situação de May e posteriormente um dos motivos que impulsionaram seu suicídio: o desaparecimento de Zach Taylor (Tristan Wilds), garoto também negro, que freqüentava a intrigante casa das irmãs com nomes referentes a meses, ocasionado pela fúria e intolerância da sociedade da época, que acreditava que o mesmo não tinha o direito de relacionar-se com uma garota branca num local público, num cinema. Era tomado como uma afronta à sociedade e suas tradições.
Pela ótica durkheimiana, o suicídio de May, aparentemente tão belo e sumamente

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