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Antes de 58 o Brasil já havia encantado o Mundo com seus craques. Depois, mais ainda, com Garrincha, Nílton Santos, Djalma Santos, Didi, Pelé, Carlos Alberto Torres, Tostão, Gerson, Rivelino. Ganhamos 3 Copas do Mundo. Em 82 o mundo babava na seleção de Sócrates, Zico, Falcão. E ai o tetra, o vice na Copa da França, o penta. O futebol brasileiro é respeitadíssimo no Mundo inteiro, a camisa é pesada. Não cabe aqui discutir como o Brasil chegou a ser potência no futebol, o texto ficaria gigante. Mas o que inverteu essa polaridade?
Algumas coisas complicam esse cenário: primeiro, o futebol passou por um processo de “modernização”, que no fim das contas significa monetarização. O avanço neoliberal na década de 80, com Reagan e Margaret Thatcher, transformou tudo em negócio, em investimento e lucro – e nós temos o direito de achar isso bom ou ruim, não vou entrar nesse mérito. Desde cinema até religião, tudo virou negócio, dinheiro. Como é comum a esses processos, não há lugar para todos.
O Brasil ficou de fora da brincadeira, acabou virando fornecedor de matéria prima, quero dizer, de jogadores. Tanto é, que desde os anos 80 (Careca no Napoli, Zico na Udinese), passando pelos anos 90 (Ronaldo no PSV, Roberto Carlos no Madrid, Rivaldo e Giovanni no Barcelona, Cafú no Zaragoza), até os anos 2000 (Pato no Milan, Gaúcho no PSG, Robinho no Madrid, Diego no Porto, Nilmar no Lyon, Adriano no Barcelona, Rafael no Manchester), cada vez os nossos jogadores saiam do país e maior número e mais jovens. A seleção ia bem, ia mal, mas cada vez com mais convocados entre times europeus e menos entre times brasileiros. As últimas Copas foram um festival de exportados, em oposição a uma seleção de 70 ou 82, esmagadoramente caseiras.
A segunda coisa é consequência: com jogadores sendo vendidos cada vez mais cedo, não havia preocupação em formar um elenco desde a categoria de base. Para que se preocupar com meninos entrosados desde os 10 anos? O fulano logo vai para a Alemanha com 19

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