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O primordial escopo da CF/88 é a dignidade da pessoa humana, então necessário se faz dar a possibilidade da livre iniciativa e da livre concorrência, afinal de contas estamos num país que presa pelo oligopólio do mercado, princípio esse consagrado no art. 170, CF/88. Trata-se da utilização da Teoria da Mão Invisível desenvolvida por Adam sendo praticada pelo Estado, afinal de contas a economia é o foco de tudo no mundo capitalista e cabe ao Estado controla-la de forma minuciosa, mas deve abrir uma frincha para que ocorra a livre iniciativa e concorrência. Brilhante é a colocação do professor Dalmo de Abreu Dallari ‘’Em relação à sociedade humana, pode-se dizer que ela tem uma finalidade? E, em caso de resposta afirmativa, qual seria essa finalidade? A indagação a respeito de um finalismo social é maior importância, implicando o problema fundamental da liberdade humana.’’

Torvo é o caminho de um povo sem representabilidade, por isso depois de um longo período macabro de ditadura militar o poder constituinte originário da CF/88 assegurou demasiadamente os direitos dos partidos políticos no art.17, CF/88 para que estes elejam os candidatos que posteriormente poderão dar representabilidade ao povo e consequentemente resguardar e lutar pelos direitos do povo. Diante disso o professor Dalmo de Abreu Dallari explica com clareza que ‘’A necessidade de governar por meio de representantes deixa para o povo o problema da escolha desses representantes. Cada indivíduo tem suas as aspirações, seus interesses e, mesmo que de madeira indefinida e imprecisa, suas preferências a respeito das características dos governantes.’’