Sssasa

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Theodoro Adorno
A perda da subjetividade pelo indivíduo se dá segundo as exigências tecnológicas do processo de produção, afetando suas necessidades mais naturais; desejos afetos e pensamento, interferindo na forma como ele vê e interpreta o mundo. A capacidade psíquica do indivíduo se converte em mercadoria de valor, transformando-se a si mesmo em coisa, em equipamento. O Eu coloca o homem como um todo a serviço como um aparelho seu. O trabalho assalariado formou as massas dos tempos modernos, criou o trabalhador. Em geral, o vivente não é mais o substrato biológico, mas também a forma do processo social. Na economia moderna, tudo que é individuado funciona como mero agente da lei de valor. As relações humanas sofreram alterações e forçosamente tiveram que se adequar a novos conceitos de valores. Segundo Adorno, a própria significação de casamento, sai do plano do sagrado, da sublimação do amor, para o ardil da auto-conservação. O casamento como comunhão de interesses significa inegavelmente uma humilhação dos interessados, e o que há de pérfido na maneira como o mundo está arranjado é que ninguém, mesmo sabendo disso, pode escapar de tal humilhação. A relação de troca, à qual o amar opõe uma resistência parcial ao longo da burguesia, absorveu-o completamente; a última imediatidade cai vítima do distanciamento em que os contratantes se encontram de todos os demais. O próprio amor esfria pelo valor que o Eu atribui a si mesmo, portanto o amor não é mais suficiente para unir as pessoas, mas sim a necessidade de autopreservação imposta pela sociedade capitalista, fazendo com que o indivíduo relegue ao segundo plano sua subjetividade, passando a perceber os objetos reais e suas qualidades utilizáveis, recalcando seus impulsos. À medida que o particular cedeu seu espaço ao coletivo, o indivíduo não é mais capaz de ter um impulso que não possa mais designar como exemplo desta ou daquela constelação publicamente reconhecida. Uma identificação recebida do exterior e

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