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383 palavras 2 páginas
D.Duarte Rei de Portugal: "A regra de ser Rei almou meu ser"- A disciplina de ser rei encheu a minha vida (isto é, como D.Duarte viveu o fim do seu curto reinado no remorso das consequências da falhada expedição a Tânger e da prisão do irmão Fernando não tinha prazer na vida, dedicando-se inteiramente ao dever da governação). Esse remorso é a razão da frase do poema: "firme em minha tristeza".

D.FERNANDO
Este poema é um auto-retrato de D. Fernando. As marcas de discurso de 1ª pessoa são os pronomes pessoais me (vv. 1, 3, 6, 8), eu (vv. 1, 11) e mim (v. 10); determinante possessivo minha (vv. 12, 15); formas verbais na 1ª pessoa do singular: vou (v. 11) e temo (v. 13). Os versos 1-3 e 6-7, entre outros confirmam que D. Fernando é retratado como instrumento da vontade de Deus. O gládio simboliza o poder com que Deus investe o herói para que ele possa fazer cumprir o destino de Portugal. Em consequência da acção divina, o "eu" é consumido por uma "febre de Além" (v.8). Essa febre participa, como o gesto a que conduz, da predestinação divina do herói. É algo que lhe é dado, que faz parte da sua própria condição, como ser depositário de um destino que se cumpre através dele, como acontece com D. Fernando.
Mesmo nos casos onde o grande empreendimento a que se propuseram falhou, os heróis na Mensagem mantêm viva a chama do desejo e do sonho, impulsionados por essa febre dev fazer, de descobrir, de criar, a que se juntam o seu destemor confiante por se sentirem cheios de Deus.
Dir-se-ia, em suma, que nessa "febre de Além", nessa ânsia de Absoluto, reside um dos aspectos mais importantes da exemplaridade do herói na Mensagem Essa "febre de Além" impele o herói à acção - o que se concretiza na 3ª estrofe. Os três últimos versos do poema exprimem o destemor e a confiança com que o herói se lança na acção por se encontrar imbuído do espírito de Deus. Não importa se essa acção se concretizará ou não em obra feita, o que interessa é a própria

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