Sovieticos na psicologia

Com a crescente forma marxista que se dava na direção política soviética, e principalmente após o sucesso da Revolução de Outubro, o espaço político abria uma vaga para a URSS, enquanto vários segmentos, entre eles a psicologia, abriram vaga para o marxismo e suas variantes como fundamento filosófico. Começou-se a construir, então, uma psicologia que trouxesse os princípios gerais dessa corrente sobre a qual se pautava a formação dessa nova sociedade. Tiveram também influencia na construção da psicologia soviética outras teorias, como a reflexologia (principalmente a partir de 1940), e juntando ela a doutrina materialista (que expressa que o mundo real e o concreto, assim como sua existência, seriam primários em relação a qualquer produção humana) e a dialética (que orienta a compreensão sistêmica dos sistemas ideais (Hegel) e reais (Marx)), a formação ideológica da psicologia soviética foi sendo marcada por pretensões de desenvolver uma aproximação marxista à psicologia que oscilaram entre um reducionismo reflexológico e o sociologizante.
Surgiram nesse processo nomes importantes, como Konstantin N. Kornilov, Alexis Leontiev e Lev S. Vygotsky, tendo esse último inovado ao ir de encontro a cultura psicologizante imposta em seu momento histórico.
Tendo originalmente se formado em Direito, Vygotsky logo se interessou pela arte e pela psicologia, quais lhe fizeram fazer uma releitura crítica da produção psicológica teórica de sua época, se destacando teorias como a da Psicanálise, a da Gestalt e o Behaviorismo.
Fruto do seu trabalho, somado a teoria do materialismo histórico, primeiramente elaborada por Marx e Engels e frequente após a Revolução Russa de 1917, ele propôs uma reorganização da psicologia, prevendo um fenômeno por ele denominado por ‘’psicologia histórico-cultural”, que seria uma futura unificação das Ciências Humanas.
Na URSS da época de Vygotsky é palpável a presença de considerações meteóricas, ideológicas e filosóficas na elaboração da