Sofistas

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Sofistas: Razão, Discurso e Relativismo da Justiça

2.1 Contexto histórico: O surgimento da sofística

Todo um precedente histórico, em que lendas, mitos e cultos religiosos celebrizam fundamentos metafísicos para a definição do justo e do injusto, antecede a formação da sofística. A esse período da história grega convencionou-se chamar pré-socrático (anterior ao século V a.C.), no qual impera a preocupação do filósofo pela cosmologia (céu, éter, astros, fenômenos metereológicos...), pela natureza (causas das ocorrências naturais...) e pela religiosidade (mística, culto, reverência, práticas grupais, iniciação a sabedoria oculta...).

2.2 A ruptura sofista

O homem grego, ávido de independêcia em face dos fenômenos naturais e das crenças sobrenaturai, vê-se, históricamente investido de condições de alforriar-se dessa tradição. Isso no sentido da libertação dos cânones homéricos e das legendárias tradições patriarcais e sacerdotais que dominavam o espírito grego. Somente no século V a.C. solidificam-se condições que facultam que as atenções humanas estejam completamente voltadas para as coisas humanas (comércio, problemas sociais, discussões políticas, guerras intracitadinas, expansão de território...). Eis aí o mérito da sofística, qual seja: principiar a fase na qual o homem é colocado no centro das atenções, com todas as suas ambiguidades e contraditórias posturas (psicológicas, morais, sociais, políticas, jurídicas...). É esse o contexto de florescimento do movimento sofístico, muito mais ligado que está, portanto, à discussão de interesses comunitários, a discursos e elocuções públicas, à manifestação e a deliberação em audiências políticas, ao convencimento dos pares, ao alcance da notoriedade no espaço da praça pública, à demonstração pelo raciocínio dos ardis do homem em interção social... A Grécia teve de aguardar momento político, econômico, social e cultural em que esses caracteres pudessem encontar o eco que suscitasse

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