Sociologia

Na modernidade há um desencantamento do conhecimento baseado apenas na fé, no divino como explicação para os fenômenos da natureza, e a igreja perdia o seu papel de explicar o mundo ao homem. Essa dessacralização foi decorrente do progresso da ciência. A partir daí todo o acontecimento que se consolidava, baseava-se na razão, na ciência, na matemática, no absoluto, e a verdade passou a ser aquilo que fosse comprovado racionalmente, deixando de ser verdade as outras crenças, em oposição ao conhecimento que lhe precedia.O ideal iluminista da racionalidade de todo o gênero humano, como pessoa indivisa, senhor de sua própria vida, sem a influência da igreja, da sociedade (moral) e do estado (direito), e como agente livre e senhor de si próprio, era uma novidade retumbante. Em uma sociedade delimitada por castas sociais, o lema “liberdade, igualdade e fraternidade” foi revolucionário. A promessa de liberdade conquistou muitos adeptos e a partir daí surgiram muitas críticas à igreja, pela crença em Deus como força impulsionadora do universo, o que em seguida, veio a consolidar a ciência na explicação da natureza, e consequentemente o surgimento do estudo das ciências sociais. A ciência já não representava mais uma forma de explicação, e sim, a única capaz de explicar a vida, abolir e suplantar as crenças religiosas, e até mesmo as discussões éticas.
Além do conhecimento da natureza, os pesquisadores e estudiosos das ciências naturais começam a construir métodos próprios de estudo e observação dos fatos baseados na razão. Os métodos experimentais das ciências sociais são baseados em acontecimentos estudados. A comparação se torna um requisito fundamental em termos de objetividade científica. O método pode ser uma forma de conhecimento baseado nas hipóteses a partir da razão (Descartes) ou baseado no conhecimento como resultado da experiência contínua e do aprofundamento (Bacon). Tanto um como outro são procedimentos válidos para as pesquisas sobre a natureza da