Sociologia

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É então relevante falar sobre a emergência da construção da escola pública de massas, em Portugal. Assim sendo, o estado é responsável por construir uma escola aberta a todos os atores sociais e, para que tal seja possível, a escola tem que ser um serviço gratuito. Segundo Helena Araújo, o conceito de escola de massas é usado para referir a intervenção do estado na educação escolar, tornando-a obrigatória, universal, laica e gratuita, envolvendo um conjunto de processos variados, que incluem a declaração do interesse pelo campo escolar, financiamento, supervisão, elaboração de currículos, formação de pessoal docente, entre outras: como, por exemplo, a declaração de interesse pela “Precocidade” por um lado e por outro uma “construção retórica da Educação”.
No que diz respeito a precocidade, Portugal foi precoce em decretar a escolaridade obrigatória (1936) com a expulsão dos jesuítas do nosso país feita por Marquês de Pombal. Como eles tinham muito poder sobre a educação, esta ficou nas mãos do estado ajudando, assim, à precocidade. Depois, houve uma “construção retórica da educação” pois embora precoce tivesse sido a intenção e o interesse estatal na educação pública, tardou na sua efetiva realização. Esta demora deve-se ao facto de Portugal naquela época ser um país periférico e pouco industrializado.
Efetivamente houve a construção da escola pública de massas (em que todos têm acesso a escola) mas não consolidada. Porém, esta construção foi gradual. Primeiramente, houve a escolaridade básica que é entendida como a base de toda a escolaridade posterior. Para dar a todas as crianças o mínimo cultural comum (MCC). Isto significa que todos têm o mesmo conhecimento base que remeta a uma igualdade de oportunidades (Pierre Bourdieu) Em seguida, dá-se a existência da escolaridade básica universal que tem como fim a democratização da escolaridade básica, ou seja, esta seria para todos sem exceção. Contudo, essa universalidade não foi atingida pois não havia igualdade

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