Sociologia
O filme Germinal, dirigido por Claudia Berri e baseado no romance de mesmo nome escrito por Émile Zola no final do século XIX, se passa nas minas de carvão, na França, e refere-se ao processo de gestação e maturação de movimentos grevistas.
A história mostra o cotidiano de exploração sofrido pelos trabalhadores na região de Montsou. Baixos salários, exaustivas jornadas e péssimas condições de trabalho são alguns dos pontos apresentados na obra. Contudo, aos poucos os ânimos foram se acirrando, os mineiros começaram a ter consciência que a forma de vida que levavam não era algo natural, que enquanto eles penavam por pão e água ao fim do dia, os burgueses desfrutavam de grandes refeições e melhores condições.
O momento chave desses trabalhadores foi uma súbita redução de seus salários, que por sinal já eram baixíssimos. A alegação dada pelos burgueses para o acontecimento era a crise que o mundo capitalista estava vivendo, marcada pela superprodução de mercadorias e pela falta de mercados consumidores. Entretanto, os já desgastados proletários não aguentavam mais aquela situação e resolveram ir à luta, reivindicar seus direitos, entrar em greve.
Desenvolvimento:
A história do filme gira em torno de uma família, que se encontra nas condições de miséria e penúria. O chefe dessa família se vê então obrigado a tomar providências e, para isso, é estimulado pela chegada de um novo operário, que já possui vivência em termos de criação e fomentação de movimentos reivindicatórios.
O primeiro passo dessa dupla passa a ser, então, criar condições de sobrevivência para os trabalhadores, tendo-se em vista que uma greve poderia se prolongar por um longo período de tempo. Por isso, criam uma caixa de resistência, com a qual todos os operários deveriam contribuir. A diminuição dos salários e o pouco caso dos patrões em relação à segurança e à saúde dos trabalhadores aumenta ainda mais as tensões.
Na medida em que os mineiros passam a protestar a situação de