Sociologia e Trabalho
1. Transformações no mundo do trabalho O objetivo deste conteúdo e refletir sobre as transformações do trabalho no contexto de globalização e reestruturação do sistema produtivo. As mudanças na organização dos processos de trabalho já mencionadas na unidade anterior conduziram a uma nítida redução do trabalhador fabril em função da automação, da robótica e da microeletrônica. Na área rural, há redução do número de empregos oferecidos, tendo em vista a crescente mecanização das atividades agrárias, o que tem conduzido ao crescimento sem precedentes da população nas áreas urbanas. Tanto no campo quanto na cidade, há o crescimento da presença feminina no mercado de trabalho, que segundo pesquisas realizadas pela DIEESE, entre 2009 e 2010, ganham em média 76% do salário pago dos homens. A análise das transformações no mundo do trabalho remonta ao início dos anos 1970, quando o modelo fordista de produção começa apresentar declínio: queda da taxa de lucro, alavancada pelo aumento do preço da mão de obra e pelas lutas sociais ocorridas nos anos 1960. Têm início o processo de flexibilização da produção, o toyotismo, modelo de organização da produção que abrange os sistemas just in time, controle de qualidade da produção e poli-Valência de tarefas, com terceirização e subcontratação de trabalhadores. Neste novo contexto, não há a certeza do lucro, pois todos os empresários têm acesso às tecnologias, o que torna a concorrência agressiva e avançada. Surge então a necessidade de redução de gastos e modelos de gestão mais enxutos. Os investimentos futuros terão efeitos racionalizadores, deste modo, os crescentes investimentos em processos de automação e informatização, têm contribuindo para o aumento vertiginoso do desemprego.
2. A precarização das relações de trabalho As transformações que conduziram à flexibilização dos processos de trabalho (just in time), nos contratos de trabalho (terceirização) além da