Sociologia da Educação Marx

O pensamento do filósofo Karl Marx em relação a sociedade burguesa propõe que a estrutura econômica presente no interior desta, determina o processo social, em todas as suas instâncias, onde o homem está inserido, na medida em que este, independente de sua vontade, está envolvido nesse sistema. O sistema que Marx se refere é a reprodução do capital em suas diversas formas. Essa participação do homem se dá na medida em que este produz algo mediante as relações de produção presentes na sociedade.
Ao analisar a reprodução do capital, Marx criou conceitos para explicar as forças produtivas e as relações de produção, dessa forma, Karl Marx afirma que os modos de produção condicionam as várias instâncias da sociedade, sejam políticas, econômicas e sociais. Conceitos como luta de classes, alienação, contradição nos levam a entender como a reprodução do capital, no pensamento de Karl Marx, é perpassado pelos interesses presentes no pensamento predominante de uma época.
Assim, ao pensarmos a questão da educação tomando como base o pensamento de Karl Marx, podemos perceber a escola como um lugar onde também essas relações sociais e econômicas influenciam o tipo de escola que se projeta para uma sociedade. Marx não criou um aporte conceitual específico para a educação, no entanto, as suas reflexões em relação a escola burguesa de sua época, nos fornecem subsídios para compreender como o processo de reprodução das idéias dominantes de uma época se encontram também na educação.
A escola burguesa, para Marx servia como instrumento para desenvolver nas crianças exclusivamente a sua capacidade produtiva. Assim a escola pública burguesa, apoiada numa afirmação de democracia, procurou estruturar a educação mediante a lógica voltada para o mercado. Na escola burguesa, a criança estava inserida num processo que buscava, por um lado proporcionar uma formação voltada para o mercado e por outro internalizar a obediência e a valorizar o trabalho como a própria razão de ser do