sociedades

II A SOCIEDADE COMO REALIDADE OBJETIVA
ORGANISMO EM SOCIEDADE
1 – Ao contrário do Homem, os outros animais possuem um ambiente especifico da espécie, estruturado com firmeza pela sua própria organização instintiva, distribuem-se em zonas geográficas especificas que se delimitam pela sua biologia e relação com o ambiente. Em contraste, o homem estabelece uma relação com o ambiente circunstante que é em toda a parte estruturada pela sua constituição biológica própria. O que permitiu ao homem envolver-se em atividades diferentes. A peculiaridade da sua constituição biológica assenta na sua componente instintiva.
3 – Esta peculiaridade do organismo humano alicerça-se no seu desenvolvimento ontogénico. Ou seja, importantes desenvolvimentos orgânicos efetuam-se na criança humana após a sua separação do útero interagindo com um mundo exterior de várias maneiras complexas. Assim, o organismo humano desenvolve-se a nível biológico já em relação com o seu ambiente com uma ordem cultural e social especifica.
4 – A humanização é variável no sentido sociocultural na medida em que o seu molde é determinado por formações socioculturais e é relativo às suas numerosas variações. Embora seja possível dizer que o Homem tem uma natureza, é mais significativo dizer que o Homem constrói a sua própria natureza ou que o Homem se produz a si mesmo.
5 – Os princípios genéticos do eu são, como é natural, estabelecidos no nascimento. Mas o eu, tal como é mais tarde percecionado como identidade reconhecível em termos subjetivos e objetivos, não é.
6 - A auto - produção do homem é sempre, e por necessidade, um empreendimento social. Os homens em conjunto produzem um ambiente humano, com a totalidade das suas formações socioculturais e psicológicas. Nenhuma dessas formações pode ser entendida como produto da sua constituição biológica. É impossível eu o homem se desenvolva como homem em isolamento, é do mesmo modo impossível que o homem isolado produza um ambiente humano. Logo que