Sociedades primitivas, A formação do Estado

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São as sociedades e as culturas tidas como elementares e originais. Segundo Spencer, as sociedades evoluiriam dos estados primitivos (homogéneos) aos estados modernos pela diferenciação das partes e a especialização das funções. Torna-se, portanto, natural que, de acordo com a perspectiva evolucionista, se considere como inferiores e selvagens as sociedades anteriores à civilização, definidas por aquilo mesmo que não possuem e que permitiu às outras sociedades tornarem-se civilizadas: a escrita, um conjunto de ideias, valores, leis, artes, técnicas e condições materiais que possibilitaram a urbanização, o surgimento de um domínio político e do Estado, o ensino, etc.
As sociedades ditas primitivas são, neste sentido, sociedades mais simples, ou sociedades sem Estado. Segundo Clastres, a ausência de Estado nas sociedades primitivas não equivale a uma ausência do político; "a sociedade primitiva - diz Clastres - exerce um poder absoluto e completo sobre tudo o que a compõe."
O primeiro capítulo da história estuda o nascimento, desenvolvimento e desintegração do regime comunitário primitivo, este capítulo abrange um período muito longo que vai do aparecimento da sociedade humana à fundação do estado. Enquanto toda a história da humanidade dividida em classes mal ultrapassa cinco milênios, o regime comunitário primitivo existiu durante centenas de milhares de anos. Na sociedade primitiva, as relações de produção baseavam-se na propriedade coletiva dos meios de produção e, em primeiro lugar, da terra. Devido a incipiente força produtiva, o homem era obrigado a trabalhar coletivamente. Todo fruto do trabalho era coletivo. Não existia exploração, nem classe, nem propriedade privada. O regime comunitário primitivo é uma fase universal da história da humanidade, o que quer dizer que todos os povos tiveram de passar por ela, que a sociedade dividida em classes não é inicial, mas quase constitui sobre as ruínas do regime comunitário primitivo. A história da sociedade

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