sociedade dos nossos dias

679 palavras 3 páginas
1.1. A “incompreensão” do leitor é denunciada pelo sujeito poético nos dois primeiros versos da primeira estrofe: a ideia de que o sujeito poético finge ou mente o que escreve é mentira, sendo este o “erro” por parte do leitor.
1.2. Nos três últimos versos da primeira estrofe, o sujeito poético explicita o porquê de ser um “erro” ou uma incompreensão. Na verdade, ele não mente nem finge, mas “sente com a imaginação”, isto é, a obra poética resulta da intelectualização das suas representações imaginadas ou inteletualização dos seus sentimentos que por sua vez são sobrepostas às sensações experimentadas, visto que estas últimas são mais susceptíveis que serem falsas.
2. “Tudo o que sonho ou passo/O que me falha ou finda” é tudo o que o sujeito poético não consegue apreender: a realidade. A realidade só é apreendida através da sua inteletualização e esta é uma deturpação da realidade, porque o que nos chega são representações conscientes que são falseamentos da realidade. Assim, o sujeito poético faz uma comparação da realidade com “um terraço sobre outra coisa ainda” dizendo que a realidade é um como território interdito em que temos apenas acesso a representações pessoais dela, assim a realidade é apenas um “terraço”, um ponto de partida sobre outra coisa muito mais esplêndida e bela: “Essa coisa é que é linda” é a arte poética.
3.1.O valor do marcador discursivo “por isso” é conclusivo e explicativo.
3.2.O conteúdo do último verso do poema é dirigido ao leitor, como um desabafo à sua vontade de não escrever o que sente, pois para ele a arte é a racionalidade construída, visto que as sensações podem ser falseamentos da realidade. “A única realidade em arte é a consciência da sensação”, por isso ele escreve “o que não está ao pé” mas sim sobre as suas criações de uma sensação de algo que não sentiu: “Exprimir-se é dizer-se o que não se sente” – remetendo o ato de sentir para o leitor, com alguma ironia, visto que o leitor apenas tem acesso a representações de

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