Social
INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo reconhecer os acontecimentos sócio-políticos brasileiro e o contexto político da América Latina, nas décadas de 60 e 70, visando contextualizar o profissional do Serviço Social no âmbito da realidade brasileira e constatar os fatores que foram determinantes para mudanças na prática profissional.
A América Latina neste período se tornou o principal foco de atenção das superpotências. Esse interesse, natural por causa da proximidade geográfica dos Estados Unidos, aumentou bastante a partir de 1959, quando Fidel Castro chegou ao poder em Cuba, instaurado no país o socialismo. Outros regimes militares se instalavam na América Latina com apoio do governo norte-americano.
A partir desse momento, não demorou para que as superpotências se preocupassem com o Brasil, o maior país da América Latina. O golpe militar no Brasil, em março de 64, atendia à estratégia política dos Estados Unidos para a América Latina.
Assim, o Brasil, viveu por 21 anos uma ditadura militar, caracterizada pelo autoritarismo - falta de democracia, supressão de direitos constitucionais, censura, perseguição política e repressão (prisão, tortura e muitos mortos) aos que eram contra o regime militar. Paralelamente ao regime instaurado pela ditadura militar no Brasil, onde a sociedade foi calada pela força, inicia-se a articulação do movimento de reconceituação do serviço social na América Latina, fundamentado na insatisfação dos profissionais que se conscientizavam de suas limitações tanto no campo teórico - instrumentais quanto nas político-ideológicas. Com a conscientização da opressão e dominação é institucionalizada uma perspectiva de mudança social. A ditadura militar no Brasil com o modelo político e econômico – controle social, baseado na "cultura do medo", repressão as classes populares atinge também os profissionais do serviço social onde a sua atuação é limitada.
Diante