SOBRE O COMPLEXO DE ÉDIPO

SOBRE O COMPLEXO DE ÉDIPO
Ponto nodal: O pai entra em função como privador da mãe, perfila-se por trás da relação da mãe com o objeto de seu desejo como aquele que castra. O que é castrado, no caso, não é o sujeito, e sim a mãe. É neste nível que se coloca para o sujeito a questão de aceitar, de registrar, de simbolizar, ele mesmo, de dar valor de significação a essa privação da qual a mãe revela-se o objeto.Essa privação pode ser assumida ou não, aceita ou recusada pela criança. Geralmente quando não é aceita, ocorre algum tipo de fobia, neurose ou perversão. PRIMEIRO TEMPO DO ÉDIPO
Ser ou não ser o falo? Nessa “escolha” entre ser ou não ser o falo, o sujeito é tão passivo quanto ativo, pelo fato de não depender unicamente dele, mas também de seus pais e de como cada um deles se posiciona na relação com a frase.
Complexo de Édipo – Complexo de Castração
Sabemos que é do Complexo de Castração que dependem dois fatos: que de um lado, o menino se transforme em homem, e de outro, a menina se transforme em mulher. Em ambos os casos a questão de ter ou não ter o falo é regida. No entanto, é preciso que haja um momento em que não se tem. Ou seja, primeiro é preciso que tenha sido instaurado que não se pode tê-lo, de modo que a possibilidade de ser castrado é essencial na assunção do fato de ter o falo. Esse é um passo a ser transposto, e no qual tem de intervir, em algum momento, eficazmente, realmente, efetivamente, o pai. Logo que surgem e a criança começa a exibir seu instrumento e oferecê-lo à mãe, ainda não temos necessidade do pai, pois a mãe é perfeitamente capaz de mostrar à criança o quanto insuficiente é o que ela lhe oferece, e é também capaz de proibi-la de usar este “novo instrumento”. No entanto, o pai entra em jogo como portador da lei, ligado à proibição do incesto e proibidor do objeto que é a mãe, tornando-se assim, um obstáculo entre o filho e o seu grande Outro.
Uma coisa é certa: não há sujeito se não houver um significante que o funde.
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