Sistema eleitoral americano

Nos Estados Unidos, a legislação referente às eleições é de responsabilidade dos governos estaduais, embora os estados tenham de obedecer a eventuais ressalvas feitas pela Carta federal. Assim, cada estado decide que sistema vai adotar na escolha dos candidatos durante as prévias. ? por isso que há muita confusão para entender o sistema de escolha do presidente americano, pois há 50 legislações diferentes - uma para cada um dos 50 estados -, com critérios diferentes de escolha e distribuição dos votos. O que deve ficar claro em primeiro lugar é que não é o voto popular que define o candidato eleito, pois a escolha do presidente é feita no Colégio Eleitoral.
O Colégio Eleitoral é composto por 538 integrantes, representantes de todos os 50 estados, chamados delegados estaduais. O número de delegados varia de acordo com o estado, ao se levar em consideração diferentes critérios - como população - mas em geral o número de delegados de um estado é o mesmo de representantes que aquele estado tem no Congresso americano. Daí, a Califórnia tem 55 representantes nas duas Casas do Congresso - Câmara e Senado - e, portanto, tem 55 delegados estaduais no Colégio Eleitoral. Esses delegados estaduais são escolhidos pelo voto de militantes e membros dos partidos em cada estado.
Qual é então a função do voto popular? O voto popular é quem, em tese, direciona o voto dos delegados. Usamos o exemplo da Califórnia para ilustrar o funcionamento do processo eleitoral. Suponha que dois candidatos concorram à presidência. Ainda que o candidato vença por uma diferença pequena de votos em determinado estado, a tendência é que ele receba todos os votos dos delegados daquele estado. Na disputa entre A e B no estado da Califórnia, se B ganhar com 52% dos votos válidos e A tiver 48%, B ganharia o voto dos 55 delegados estaduais no Colégio Eleitoral. Por isso, os candidatos disputam o voto popular para obter o apoio dos delegados.
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