Sistema de apreciação das provas no processo civil.

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O sistema de apreciação da prova no processo civil evoluiu conforme o tempo e foi embasado em três sistemas: o sistema da prova legal, o sistema do livre convencimento do juiz e o sistema da persuasão racional.
O primeiro, que é o sistema da prova legal, atrelava o juiz às formas estabelecidas em lei, não podendo assim valorar-se de seu livre convencimento.
Em tempos remotos, essas regras gerais de valoração da prova tiveram muito peso no processo civil. Mas, atualmente, o processo civil moderno repudia o sistema da prova legal, concebido assim como conjunto de normas que pouco deixam ao critério pessoal do juiz.
Já o segundo, o sistema do livre convencimento do juiz, retrata que o magistrado não ficava atrelado as provas existentes nos autos, podendo embasar-se sua decisão pelo seu livre convencimento, na forma que considerar mais adequada aos fatos reais e autos do processo, tendo que fundamentar a sua motivação para o ato, legalmente.
E, por fim, o sistema da persuasão racional, que trata da livre convicção pessoal do juiz diante das provas, que vai avaliar os elementos existentes no processo através de critérios pessoais, críticos, subjetivos e racionais de seu convencimento, ou seja, não é obrigatória fixar sua decisão apenas através de critérios legais.
O livre convencimento há de ser racional, porque necessariamente alcançado mediante as forças do intelecto e não dos impulsos pessoais e eventualmente passionais do juiz: é obrigatório levar em conta as circunstâncias que ordinariamente conferem maior credibilidade a um meio de prova, ou as que no caso sejam capazes de convencer uma pessoa inteligente e sensível à realidade. Repudiam-se personalismos do juiz, cuja atividade se rege pelo princípio da impessoalidade.
Diante do exposto, a norma referente ao princípio do livre convencimento do juiz está presente no art. 131 do Código de Processo Civil, segundo o qual “o juiz apreciará livremente a prova, atendendo aos fatos e circunstâncias dos autos”.

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