Sisal
No embalo da seca, da caatinga, da paisagem árida, do chão rachado, cheio de fendas, entre os espinhos, nós lhe ajudaremos a entender o que é o trabalho infantil na extração da fibra do sisal. Onde crianças que podiam estar em uma escola, aprendendo, brincando, se divertindo, estão ali retirando aquela esbranquiçada fibra , com a cor da paz, mas que na realidade traz um enorme sofrimento a esta pobre população, de Valente, no estado da Bahia.
Ganhando apenas R$ 6,00 por semana e trabalhando de sol a sol para conseguir extrair de um mísero pe de sisal o equivalente a 5% da planta, que corresponde a fibra, a tão sonhada fibra, que sustenta esse povo nordestino depois de um longo dia de trabalho.
Valendo aproximadamente R$ 32,00 o quilo, quando bem limpinho, sem resíduos verdes das folhas, e ainda tendo que ser repartido entre várias pessoas e famílias. A fibra do sisal é barata em comparação ao custo de vida dessas crianças.
Um pé de sisal leva de 3 à 5 anos para poder ser utilizado e depois outro ano para soltar novos brotos no lugar das folhas que foram cortadas.
O sisal que é tão adorado pelos nordestinos, tem uma vida útil de uns 5 anos. Quando a flecha cresce, é sinal de que o pé de sisal quer se aposentar.
As fibras que não foram selecionadas, as “buchas”, servem para fazer cordas. E os resíduos que saem do outro lado das batedeiras, máquinas que separam os fios, soltam um pó esbranquiçado, que na maioria das vezes provoca uma imensa alergia em adultos e crianças. Essas fibras não selecionadas também servem de ração para os animais.
Ao lado da casa extremamente pobre, fica o varal, onde o sisal é posto para secar.
E O TRABALHO INFANTIL, SERÁ QUE UM DIA VAI