sintese tgs
“O que é um espírito que pode conceber o cérebro que o produz, e o que é um cérebro que pode produzir um espírito que o concebe?”
Eis o paradoxo da uni dualidade complexa: o espírito nada sabe, por si mesmo, do cérebro que o produz, o qual nada sabe do espírito que o concebe. Que falar dessa união tão sublime que nos torna únicos. O que colocar em evidencia? Quem ganha e quem perdem? Quem leva os creditos de milhares e milhares de conquistas e singularidades que nos diferem de toda a “criação”.
Cérebro? Espírito?
O cérebro, ainda que sejam umas das estruturas mais complexas do universo (conhecido), é um objeto bem definido: pode ser visualizado e manipulado. Composto de substancias químicas, enzimas e hormônios. Sua arquitetura complexa depende de neurônios que consomem oxigênio e que computam e organizam perfeitamente as operações cognitivas e comportamentais do ser.
Do outro lado, o espírito, atividade pensante que tenta resgatar a essência do homem. O espírito emerge de funções mentais que permitem ao ser pensar e perceber, amar e odiar ,apreender e lembrar , se comunicar ,se relacionar, criar, dominar e destruir civilizações, questionar e “existir”. Essa atividade esta estreitamente relacionada ao funcionamento cerebral. “Ambas constituem um ser individual dotado da qualidade de sujeito”
Como cogitar separa-las, quando fica tão claro sua recíproca e vital dependência. Mesmo quando analisarmos o caso de diferentes ângulos, temos sempre a sensação de estar subestimando a importância de um em relação ao outro . Ora pela ótica espiritualista teológica que nos faz exaltar o espírito como causa primaria de todas as outras, menosprezando e colocando o cérebro ao papel de fruto, resultado do imaterial. Ou mesmo quando trocamos a lente e vemos essa relação de maneira mais cética , como o materialismo, que faz do espírito um fluido resultante de um complexo caminho evolutivo trilhado pelo cérebro
Podemos segregar o espírito quando