Simulação

O uso da simulação na logística

O aumento da complexidade das cadeias de suprimentos, que demandam soluções logísticas cada vez mais sofisticadas, aliado à disponibilidade de sistemas de informação poderosos, que podem registrar e fornecer dados detalhados sobre as operações, criaram um ambiente propício à introdução de novas tecnologias para desenvolvimento e análise de projetos logísticos. Dentre a novas metodologias que vêm sendo empregadas, a simulação computacional tem se mostrado uma ferramenta muito eficaz. A simulação consiste na reprodução, em ambiente computacional, das condições reais de um processo, permitindo que se teste diferentes desenhos e dimensionamentos, sem que haja a necessidade de se implementar na prática os modelos propostos. Assim, com o auxílio de um computador, pode-se analisar o impacto que a variabilidade das diversas premissas adotadas num projeto pode causar na operação, identificar os gargalos e tratá-los antecipadamente, e até mesmo estudar a qualidade de ferramentas e algorítimos de suporte à tomada de decisão antes de colocá-los em uso. Por exemplo, pode-se testar o impacto que a construção de um novo berço de atracação causaria na operação de um terminal portuário sem ter que se construir o berço de fato. Outra grande vantagem desse tipo de ferramenta em relação às abordagens analíticas mais tradicionais é considerar o comportamento mutável e, em alguns casos aleatório, das diversas variáveis do projeto. Ao invés de se trabalhar com médias e aproximações, a simulação realiza diversos sorteios consecutivos para cada uma dessas variáveis e análise a inter-relação entre elas. Ou seja, a simulação analisa as incontáveis possibilidades resultantes da combinação entre as diversas alternativas de cada variável e permite identificar os resultados mais prováveis. Mas se por um lado, a simulação tem se mostrado uma ferramenta bastante útil no desenvolvimento de projetos, por outro exige esforços significativos