Simbolismos em Memorial do Convento

Simbolismos em Memorial do Convento
Esta obra de José Saramago está repleta de simbolismos tendo portanto a maioria das personagens uma dimensão emblemática representam-te de determinadas classes ou grupos da sociedade. Associadas às personagens estão também certos objetos e ações que têm uma carga figurativa essenciais na concretização da obra.
D. João V É símbolo do monarca absoluto, vaidoso, megalómano, egocêntrico, e mantém com a rainha apenas uma relação de "cumprimento do dever". Sacrificou todos os homens válidos e a riqueza do país na construção do convento.
Maria Ana Josefa De origem austríaca, a rainha, surge como uma pobre mulher cuja única missão é dar herdeiros ao rei para glória do reino e alegria de todos. É símbolo do papel da mulher da época: submissa, simples procriadora, objeto da vontade masculina.
Cobertor
Trazido da Holanda pela rainha, torna-se símbolo da separação que marca o casamento de conveniência do casal real. Exprime a frieza do amor, a ausência do prazer, os desejos insatisfeitos.
Padre Bartolomeu Lourenço de Gusmão É a representação de um ser fragmentário dividido entre a religião e a ciência; Associado portanto à ciência através construção da passarola e desta forma ao processo evolutivo.
Domenico Scarlatti Representa a arte e poder curativo da música. A música do cravo de Scarlatti simboliza o ultrapassar, por parte do homem, de uma materialidade excessiva, e o atingir da plenitude da vida.
Baltasar
É símbolo da deformidade física (perda da mão esquerda representa o corte com o passado militar) figurando este a força; homem do povo.
Blimunda de Jesus
Representa um elemento mágico difícil de explicar: possui poderes sobrenaturais que lhe permite compreender a vida, a morte, o pecado e o amor.
Através de Blimunda o narrador tenta entrar na história da época e denunciar a moral duvidosa, os excessos da corte, o materialismo e hipocrisia do clero, as perseguições e injustiças da inquisição, a miséria e