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Os alguéns que eu encontrei
Karine Rosa
Karine Rosa23/09/2013 às 21:21 os-alguens-que-conheci “Está na hora de você encontrar alguém!”. Essa frase poderia ser facilmente endereçada a mim, em algum almoço de família qualquer. Ou até mesmo vinda de alguma amiga preocupada demais com a minha “eterna solteirice”. Dessa vez, no entanto, ouvi a frase no metrô, entre uma conversa de duas amigas que não deveriam ter mais do que 14 anos. Eu ri, porque se estava na hora daquela menina de 14 anos encontrar alguém, eu nem consigo imaginar o que sua amiga diria para mim, uma garota de 21 que não tem um namorado.
Depois, enquanto eu caminhava para o meu trabalho, comecei a pensar quantas mil vezes já ouvi alguém dizendo que eu deveria encontrar alguém. Provavelmente, ouvi essa ladainha aos 14, ou até antes. Mais tarde, então, a frase deve ter sido repetida pelo menos um milhão de vezes. Já fiz o tipo que ligava, já fiz o estilo que não estava nem aí. Dependendo do meu momento, doía ou só me fazia rir. Mas uma coisa é verdade: a gente sofre uma pressão desesperadora para namorar.
Eu já encontrei alguém. Eu já achei que era o cara certo, já achei que era o cara errado e decidi apostar mesmo assim, já achei que era amor e não era – nem da minha parte. Eu esbarrei com grandes amigos, grandes amores platônicos e casinhos que foram sendo escritos na minha história, que depois descobri que nem tinham tanta importância. Eu encontrei “alguéns”. O menino que era meu melhor amigo e foi embora; aquele que se apaixonou por mim, mas que eu não me apaixonei de volta; o cara que apareceu e me fez sentir coisas que eu não deveria sentir por ele. E aí, depois de todos esses alguéns, eu descobri que eu simplesmente estava procurando o alguém errado.
Não que eu queira dizer que todo mundo deva adotar a solteirice como modelo perfeito de vida. Quero dizer totalmente o contrário: modelos perfeitos de vida não existem. Não é só porque você namora e é feliz com isso que sua amiga solteira só

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