serviço social
Dois anos após a criação do cadastro de bloqueio do recebimento de ligações de telemarketing no estado de São Paulo, o desafio da Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) é tornar o serviço mais conhecido, principalmente dos “consumidores emergentes”, que estão surgindo com o aumento da renda da chamada classe C. Para “educar” estes consumidores, o Procon vai recorrer às redes sociais na internet, segundo o diretor de fiscalização do órgão, Renan Ferraciolli.
“É um desafio lidar com esse consumidor emergente. É um desafio, porque ele tem de ser impactado pela legislação, ele tem de ser esclarecido da melhor forma possível. Por isso, vamos utilizar as redes sociais, ferramentas que eles estão cada vez mais inseridos, para divulgar os direitos desse consumidor”, afirma Ferraciolli.
Desde a criação da lei, 430 mil pessoas se inscreveram – um total de 759 mil linhas telefônicas -, pedindo para não receber as chamadas de operadoras de telemarketing. No mesmo período, foram registradas 7.200 reclamações por parte dos consumidores cadastrados, o que representa apenas 1% do total de linhas inscritas. Ao todo, 49 empresas foram autuadas – quatro delas duas vezes – nestes dois anos, segundo balanço divulgado pelo Procon nesta terça-feira (29).
Para o diretor do órgão, como se transformaram em consumidores em potencial, os integrantes da emergente classe C passaram a ser o alvo preferencial dos serviços de telemarketing das empresas