Serviço Social identidade e alienação

Resenha Crítica
Martinelli, Maria Lúcia. Serviço Social: identidade e alienação / Maria Lúcia Martinelli – 16 ed. – São Paulo: Cortez 2011.
Durante o século XIX, principalmente na Europa Ocidental, o capitalismo industrial foi consolidado e alterou o cenário em vários aspectos. Além de afetar as relações comerciais, o capitalismo afetou também outros seguimentos, sendo influente até mesmo em relações interpessoais.
“Como uma avalanche, o regime capitalista alterou tudo o que estava à sua volta, impondo a tessitura de uma nova rede de relações sociais, de um novo ritmo de vida e de trabalho. Revelou, desde logo, que suas influências não se restringiam apenas às relações comerciais ou ao processo industrial; atingiam, isto sim, a sociedade como um todo.” [pág.69]
Esse novo modo de produção acentuava diferenças sociais, tornava a burguesia e o proletariado duas classes cada vez mais distintas, fazendo com que os burgueses se importassem cada vez menos com as necessidades dos trabalhadores, que os interesses semelhantes se tornassem cada vez mais raros e inexistentes, e que o acumulo de capital fosse o foco principal e a maior aspiração na vivência dos integrantes das classes dominantes.
“Através de um sinuoso percurso, marcado por crises cíclicas, cuja intensidade crescia, à medida que se reproduziam, o capitalismo foi acentuado a diferenciação entre as classes e fazendo do movimento de valorização do capital o movimento fundamental da sociedade burguesa constituída.” [pág. 69]
Com a evolução do capitalismo industrial a demanda de mão-de-obra crescia cada vez mais, fazendo com que houvesse um crescimento da classe trabalhadora. Porém, devido a uma seqüência de péssimas colheitas que ocasionou a elevação súbita no preço dos alimentos, gerando conseqüentemente a queda no consumo dos produtos industrializados, gerou a demissão de operários nos centros urbanos. Durante esses anos de crise a Europa passou por um processo de estagnação que teria como conseqüência