Serviço social crianças e adolescentes
A. história social brasileira vem produzindo uma fonte cultural, atualizada e redimensionada ao longo do tempo. Suas expressões e formas de sociabilidade propiciam fundamentos para a gestação de representações sociais mais específicas da criança e do adolescente e a sua incorporação diferenciada. Se é possível uma formulação-síntese da história social brasileira, diria que constituímos um país que, “descoberto” por portugueses e “catequizado” por integrantes da Igreja Católica, traz ao longo dos “Brasis” que forjaram a Nação – Colônia, Império e República -, elementos constitutivos da formação de uma vida social marcada por desigualdade, exclusão e dominação. Tais processos parecem instituir para as classes subalternas, muito mais a condição de objeto do que de sujeito das relações e das práticas sociais. Demarcam, portanto, as bases fundamentais onde são administradas as representações sociais da criança e do adolescente dos segmentos subalternos. Percorrendo a nossa história social, quatro são as representações sociais sobre a criança e o adolescente que se fez como objeto de proteção social; objeto de controle e de disciplina; objeto de repressão social; e sujeitos de direitos. Cada uma delas emerge em cenário sócio histórico específico, respectivamente: Brasil Colônia; início do Brasil República; meados do século XX; e décadas de 70 e 80 do mesmo século. À medida que vão emergindo e se consolidando, verifica-se a coexistência de duas ou mais delas, marcada pelo embate simbólico. Na prática, a relação entre o Serviço Social e a ciência do direito remete ao agir profissional sobre as manifestações e enfrentamento da questão social, das políticas públicas ao tratar da cidadania, defesa, preservação e conquista de direitos, e a sua efetivação e a viabilização social como eixo central da ação profissional., assim os princípios que pautam no projeto ético-político