AULA PRÁTICA 03: Separação de Misturas 1. INTRODUÇÃO Salvo raras exceções, podemos dizer que as substâncias encontradas na natureza ou mesmo aquelas produzidas pelo homem sempre são misturadas com outras, ainda que em pequenas proporções. Logo, a obtenção de substâncias com maior grau de pureza requer a interferência de meios tecnológicos, seja a partir de processos de extração, seja por processos de sínteses industriais e laboratoriais. Dependendo do tipo de mistura, é possível escolher um método adequado para a separação dos seus componentes individuais. Os processos utilizados na separação dos componentes de uma mistura não alteram a natureza química das substâncias constituintes das misturas, isto é, não alteram as espécies químicas (átomos, moléculas ou íons) que compõem a mistura. Dependendo do estado físico (sólido, líquido ou gasoso), do tamanho (granulometria), do grau de interação (mistura homogênea ou heterogênea), de algum tipo essencial de propriedade (magnetismo, por exemplo), podemos escolher o método mais adequado para separar os componentes da mistura. Para misturas homogêneas líquidas, em que os componentes apresentam diferentes pontos de ebulição, um método bastante apropriado é a destilação fracionada. O processo consiste em montar um sistema no qual a mistura seja aquecida até que se atinja o ponto de ebulição de um dos líquidos. Esse passará para a forma vapor, separando-se da mistura original. O vapor será condensado e recolhido em outro recipiente. Enquanto este líquido estiver em ebulição, a temperatura da mistura permanece praticamente constante. Assim que o líquido que entrou em ebulição primeiro acabar, a temperatura continua a aumentar até atingir o ponto de ebulição do próximo líquido; esse passará para a forma vapor, separando-se da mistura original e o vapor será condensado e recolhido em outro recipiente. O aquecimento continuará e, sucessivamente, os demais líquidos serão separados, seguindo a sua ordem crescente de temperatura de