senso.comum rutura

660 palavras 3 páginas
Escola Superior de Comunicação Social
Ano letivo 2014/2015 – Mariana Monteiro, nº8690, TA2

Análise e Comentário Sobre o Senso Comum a Partir da Leitura de AUGÉ, Marc
(2006) Para Que Vivemos? Lisboa, 90 Graus Editora, pp.11-16
O texto de Marc Augé trata o conceito de “cosmo-tecnologia” e a sua influência na vida humana. Para exemplificar este mesmo assunto, o autor apresenta-nos ainda uma personagem por ele criada: Dupont
- uma figura que reúne em si um mínimo de características presentes na sociedade atual, um homem médio com o seu próprio ponto de vista acerca do mundo.
Comecemos por clarificar que a “cosmo-tecnologia” abrange dois conceitos: cosmologias e tecnologias.
O primeiro constitui o conjunto de visões do mundo presente em cada um de nós; são explicações para a realidade que nos guiam na nossa vida quotidiana e tranquilizam perante o inesperado. Surgem da experiência e agem em função da prática. No fundo, as cosmologias são aquilo que denominamos de senso comum. Segundo Augé, "todos os grupos humanos têm cosmologias, representações do universo, do mundo e da sociedade que fornecem aos seus membros pontos de referência que lhes permitem conhecer o seu lugar, saber o que lhes é possível e impossível, autorizado e interdito" (AUGÉ, 2006:12).
Esta ideia é justificada pelo facto de diferentes culturas, grupos e sociedades estarem sujeitos a diferentes experiências, logo diferentes realidades que geram diferentes representações. Em suma, todos os grupos sociais e culturais são dotados de senso comum. Contudo, apesar da transversalidade do conceito, este não possui homogeneidade: varia de grupo para grupo, consoante a sua visão da realidade.
Ainda dentro das cosmologias encontramos dois tipos de cosmovisões. Os mitos, perceções fantasiosas nascidas no seio da sociedade que colocam as visões do mundo em narrativa (isto é, representam, por exemplo, os valores do senso comum através de estórias), e os ritos, que funcionam como uma encenação

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