Seminário de História
O processo de formação dos Estados Nacionais, nas dezesseis nações resultantes dos movimentos de independência na América espanhola, começou a se definir mais claramente a partir de meados do século XIX e não deve ser visto como um movimento isolado em relação à conjuntura internacional.
O século XIX foi marcado pela Segunda Revolução Industrial – a expansão do capitalismo na Europa Continental, Estados Unidos e Japão –, que provocou a divisão internacional do trabalho. Dentro dessa nova realidade internacional, às antigas colônias da América foi imposta na condição de fornecedoras de matérias-primas para as nações industrializadas e de consumidoras de produtos manufaturados.
Para que ocorresse a integração das antigas colônias a essa nova conjuntura internacional, havia um requisito político básico: consolidar no poder os grupos vinculados à agroexportação. Assim, a formação dos Estados Nacionais ocorreu ao mesmo tempo em que as novas nações se inseriram dentro da nova ordem capitalista.
2. Características gerais do Estados Nacionais
* Economia ligada ao setor primário exportador: produtos tropicais; minérios; petróleo; carne; e trigo.
* Sociedade pouco alterada: predomínio do Latifúndio; propriedade privada e concentração de riquezas; manutenção das desigualdades e da estratificação.
* Introdução do trabalho assalariado (mal remunerado) com vistas a ampliar o mercado consumidor.
Na política: * Defensores do unitarismo e do federalismo; * Desenvolvimento de partidos conservadores e liberais; * Brasil e México – Monarquias; * Demais países – Repúblicas; * Chile e Paraguai – repúblicas com forte centralização político-administrativa.
3. Duas visões do Pan-Americanismo
Diversas discussões existem acerca da verdadeira origem do pan-americanismo que se diz ser um movimento de solidariedade entre os países americanos. Mais associado ao monroísmo, o pan-americanismo é um