SEMIN RIO DE TELEJORNALISMO

SEMINÁRIO DE TELEJORNALISMO
“O voo solo do videojornalismo”
Luís Nachbin

Jailson Silva
Elén de Souza
José Eymard
Wilker Cardoso

Introdução

O videojornalista é um profissional multifuncional. Ele é cinegrafista, um iluminador, um técnico de som, um repórter, um produtor e um diretor – incorporados em uma única pessoa, assim define o profissional da área Luís Nachbin. Para ele o videojornalista, assim como a equipe convencional de televisão, deve estar treinado para viabilizar tanto uma rápida cobertura factual quanto uma reportagem de fôlego, ou até um documentário.

Uma vantagem descrita por Nachbin é de que o profissional pode desenvolver trabalhos com mais discrição sem interferir nos fatos a serem filmados. Outro ponto citado é a facilidade de conseguir a autorização para gravar quando a equipe é pequena e não representa muito tumulto no local da cobertura. De acordo com ele em suas coberturas fora do país, as pessoas olhavam para a sua presença solitária, de mochila nas costas, e imediatamente autorizam a gravar.

Nachbin iniciou uma forma inovadora de fazer jornalismo, tendo apresentado produções no programa Globo Repórter em que percorria países do Oriente com uma câmera e mostrava aspectos peculiares da vida cotidiana e exótica desses lugares. Sua idéia inicial foi uma viagem à Índia, em 1997, em que levou apenas uma pequena câmera e a idéia de produzir um material jornalístico sobre o país. Era, então, repórter do programa esportivo da emissora, Globo Esporte. A partir daí passou a vender suas matérias, sempre com o formato de um viajante com uma câmera.

Para ele a possibilidade de ter um bom equipamento de filmagem e de montar uma ilha de edição portátil deixou de ser exclusividade dos empresários e das emissoras de televisão. Essa é uma proposta nova de linguagem que não deve ser interpretada como tentativa de acabar com as equipes convencionais. “O videojornalista, em muitos contextos, é visto com um sujeito excêntrico bem equipado. Como alguém