Sei lá

Escola Estadual de Ensino Médio Monsenhor José Becker
Nome: Greice Luft Turma: 201
Turma: 201 Número: 12

A Copa do Mundo de 1978 na Argentina
Era só mais um dia conflituoso e temeroso nas cidades argentinas nos anos 70. Onde víamos pelas estradas a vasta carência de democracia, supressão de direitos constitucionais, censura, perseguição política e a repressão aos que eram contra o regime militar.
Existiram diversas manifestações contra a concretização da Copa do Mundo na Argentina em 1978 em conseqüência ao regime que dominou do país dois anos antes. No entanto, a Fifa permaneceu com a idéia de que a Argentina seria organizadora da Copa do Mundo, declarando que esporte e política não se misturavam. Para nós, era evidente que este mundial ficaria manchado por lances polêmicos, enquanto o ditador Jorge Videla governava o país.
Como esperávamos, o movimento aproveitou a ocasião para usar o futebol como recurso político. Visaram na organização da Copa, a chance ideal para difundir o regime e estimular a distração nacional dos problemas políticos e econômicos. Trazendo de volta artifícios da política do “pão e circo" dos tempos antigos. Enquanto alguns gritavam gol, outros abafaram os gritos dos torturados e assassinados. A euforia de sediar e vencer um Mundial ajudou silenciar por meses o que ocorria no país.
Tumultos não careceram nessa Copa, como acusações de suborno e pressões. Para os argentinos, seria inadmissível perder a conquista de sua primeira Copa do Mundo em casa, e de fato não perderam.
Já a escalação brasileira passava por mais um drama dos anos 70. A célebre seleção canarinho estava desorientada em meio aos procedimentos táticos do técnico Cláudio Coutinho, o time permanecia em total desarmonia causando o descontentamento dos torcedores. As únicas esperanças do torcedor brasileiro seriam os jogadores Zico e Roberto Rivellino, mas nenhum deles se sobressaiu, decepcionando o público verde e amarelo eufórico por uma vitória.
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