segundo sexo de simone de berauvoir

1088 palavras 5 páginas
PUCMINAs. FILOSOFIA. Profa. Magda Guadalupe dos Santos
Simone de Beauvoir e o Segundo Sexo. 1ª. parte.
Obra publicada em 1949 com repercussão dialógica nos movimentos feministas do final dos anos 60.

A Obra.

Projeto inicial: descrever o que significava ser uma mulher no século XX, intelectual destacada, filha de uma família burguesa francesa e que nunca havia percebido as diferenças de gênero.

A configuração masculina do mundo se lhe apresentou como uma grande revelação.
O ensaio sobre a condição feminina se torna mundialmente traduzido, referendado ao longo dos anos.

A obra recebe severas críticas quando de sua publicação em 1949, e vai abrindo lentamente o espaço de interlocução com os movimentos sociais e políticos das variantes feministas a partir dos anos 60.

Essa obra só se torna palco de investigação filosófica a partir dos anos 80.
Por meio da recepção e da interlocução da obra com as feministas dos anos 60 é que Beauvoir vai adquirindo uma consciência feminista. Texto e vida, escritos e ação lhe parecem necessários para consagrar o que seja uma vida.

Não lhe parece possível separar a escrita sobre a vida, da vida que se deve descrever e narrar.

Em uma de suas obras autobiográficas, ela escreve:
“Uma vida é também uma realidade finita. Tem um centro de interiorização, um eu que, através de todos os momentos se coloca como idêntico. Ela se inscreve numa determinada duração, tem um início, um termo, desenvolve-se em lugares determinados, conservando sempre suas mesmas raízes, constituindo-se um passado imutável cuja abertura para o futuro é limitada. Não se pode captar e cingir (cercar, abarcar) uma vinda como se cinge e capta uma coisa, já que se trata, segundo a expressão de Sartre, de uma “totalidade-destotalizada” e que, consequentemente, ela não é. Mas podemos fazer-nos algumas perguntas a seu respeito: como se faz uma vida? Qual é nela a contribuição das circunstâncias, da necessidades, do

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