Segundo Reinado

O SEGUNDO REINADO

INTRODUÇÃO

Como vimos, no final do Período Regencial, a maioridade de D. Pedro de Alcântara foi antecipada com a aprovação da Assembléia Geral, permitindo que, no dia 23 de julho de 1840, assumisse o trono. Seria Imperador do Brasil até 1889, quando definitivamente a monarquia seria derrubada. A POLÍTICA NOS PRIMEIROS ANOS

No final da Regência, vimos que a disputa política se dava entre progressistas e regressistas (duas facções do antigo Partido Moderado). No início do Segundo Reinado, esses dois grupos políticos transformaram-se nos Partidos Liberal (Progressistas) e Conservador (Regressistas). Sabemos que esses dois grupos representavam os interesses da aristocracia rural e não possuíam, do ponto de vista ideológico, diferenças entre si. Ambos os grupos ambicionavam o poder e a manutenção de seus privilégios. O embate entre esses partidos será comum até o fim da Monarquia. A primeira atitude de D.Pedro II, já de posse do trono, foi instituir um novo ministério, formado exclusivamente por elementos do Partido Liberal, responsáveis pelo Golpe da Maioridade. Esse Ministério ficou conhecido como Ministério dos Irmãos (formado pelos irmãos Andrada e Cavalcante). Sabendo da dificuldade que seu ministério teria para governar, pois a maioria da Câmara dos Deputados era formada por conservadores, D. Pedro II fez uso do Poder Moderador, dissolvendo a Câmara e convocando novas eleições. Para garantir a vitória dos liberais nas eleições, o Ministério organizou um grande esquema de fraudes eleitorais, que incluía o uso da violência física contra os opositores. Assassinatos, espancamentos, assaltos às mesas eleitorais fizeram esse pleito ser conhecido como as eleições do cacete. O ministério liberal não durou um ano. Foi substituído por um ministério conservador responsável pela adoção de medidas reacionárias como a restauração do Conselho de Estado e a centralização da ação policial e judiciária, pondo fim a autonomia