Segundo Reinado

O SEGUNDO REINADO: OS FAZENDEIROS NO PODER

Com o Golpe da Maioridade tem início o Segundo Reinado e a consequente consolidação da Monarquia. Para a estabilização política, o imperador D. Pedro II, desenvolveu uma política baseada em acordos com os dois partidos (parecido com que é feito atualmente) o que resultou em um revezamento no poder entre o Partido Conservador e o Partido Liberal com predominância dos conservadores, até a proclamação da República, em 1889.
Ambos os partidos representavam os interesses da elite agrária e, por isso, as diferenças de programa e de ideologia, entre eles, eram muito pequenas.
Desse modo, as disputas entre os partidos visavam apenas ao exercício do poder e não à aplicação de programas diferentes. Após 1848, a política interna brasileira pacificou-se definitivamente, devido:
a) ao desenvolvimento da cafeicultura, que encerrou a longa crise econômica iniciada na época da independência;
b) à adoção do Parlamentarismo e do Ministério da Conciliação, que permitiu que a disputa pelo poder se transferisse do campo da luta armada para o campo da luta política.

Com o parlamentarismo, os partidos revezaram-se pacificamente no poder até a República, mantendo assim uma fachada de liberalismo e democracia, por trás da qual os principais problemas sociais do País permaneciam sem resolução.
Assim se explica que, durante a década de 1850, os dois partidos tenham se aliado para governar o País, usando a chamada política de conciliação.

A cafeicultura e a modernização conservadora

A economia cafeeira
A cafeicultura desenvolveu-se muito rapidamente no Brasil até meados do século XIX pois se adaptava perfeitamente às características econômicas da época e também porque a atividade cafeeira aproveitou fatores de produção liberados pela mineração em declínio.
Com uma maior disponibilidade de capitais acumulados pelo lucro crescente dos proprietários de terra (cafeicultores), o cultivo de café se expandiu e avançou pelo Oeste Paulista.