Se cuida gravidez tem hora

Comportamento do Consumidor
Data: 10-11-2010
Caso: Se cuida, gravidez tem hora

1 - Análise da campanha Se cuida, gravidez tem hora.

De iniciativa do governo, a campanha tinha o objetivo de conscientizar os adolescentes para o tema, entretanto, no meu entender, foi elaborada de forma restrita, atingindo somente alguns fatores causadores da gravidez na adolescência (as adolescentes e sua inconseqüência – “... nada de ruim pode me acontecer – quero mais é curtir...”; das camadas sociais mais baixas e do sexo feminino), visto que, em 2007, no Brasil, não era um fenômeno restrito às classes sociais mais baixas.
Atingiu somente em parte seu objetivo, pois analisando as reflexões com respeito ao tema, a campanha se destinando primordialmente as adolescentes do sexo feminino e da camada social mais baixa, deixou de fora dois importantes ‘consumidores”: os adolescentes do sexo masculino e adolescentes de outras camadas sociais.
A escolha da artista Perla como representante das adolescentes, entendo ter sido bastante apropriada bem como a música tema. Trazendo uma reflexão quanto ao riscos de uma gravidez em uma hora não adequada e mostrando através da Perla, seu depoimento e sua trajetória de vida, que é possível “curtir” a adolescência sem que se tenha como conseqüência uma gravidez indesejada e ainda tirar onda em cima de “namorado vacilão”.
A abrangência na mídia utilizando-se de anúncios nas rádios, na TV e ainda em outdoors espalhados pela cidade também considero adequada. Essa “massificação” aumenta seu campo de penetração, e com adolescente não tem jeito tem que massificar, falar, mostrar, trazer exemplos, falar toda hora... Além da distribuição de preservativos à população jovem outro fator para a camada que se destinou também positiva.
Entretanto a campanha, como já mencionado, remete a visão de que a responsabilidade sobre a gravidez na adolescência cabe somente as meninas e especificamente as de baixa renda, levando de certa forma a algum tipo