Schumpeter E A Crise De 29

650 palavras 3 páginas
O artigo de Schumpeter parte da argumentação de que todo fenômeno individual tem causas múltiplas e, portanto, escolher um fator, só tem sentido se o argumento for de que a importância de tal ponto é tal, que outras causas podem ser negligenciadas em uma primeira aproximação. Nessa linha o autor discute se a crise pode ser atribuida a causas externas, ou seja “a uma seqüência de eventos desafortunados, sem os quais haveria uma contínua prosperidade, ou ao menos, seria mantido o fluxo normal da vida econômica”.36 O economista austríaco rejeita esta hipótese. Schumpeter atribui a crise aos seguintes fatores. Em primeiro lugar, as mudanças tecnológicas no pós-guerra teriam criado perturbações que por si só eram suficientes para provocar adaptações ou recessões. Para ele tais mudanças têm efeitos com intensidades distintas até que o progresso técnico leve as alterações nos métodos de produção e tenham tempo suficiente de produzir resultados, ou seja, até que os novos planos fabris tenham sido executados e as mercadorias produzidas dessa forma cheguem ao consumidor. Para o autor, cada uma dessas ondas de inovação afetam, de diferentes formas, os negócios e interferem umas com as outras. Três tipos de ondas são reconhecidas (as ondas longas; o ciclo Juglar; e os ciclos de curto prazo, isto é, com 40 meses), Schumpeter argumenta que em 1930 esses ciclos coincidiram em uma fase depressiva. Para ele, no entanto, se essa fosse a única razão os efeitos poderiam ser de uma recessão ou redução das taxas de crescimento. Mas a profundidade da crise teria que ser explicada pela confluência de outros fatores. Esses seriam a crise no setor agrário, cuja dinâmica era independente da crise no setor manufatureiro, mas igualmente grave e generalizada. Finalmente, fatores monetários contribuíram para a depressão. Entre eles o retorno ao padrão ouro e o pagamento de reparações de guerra pela Alemanha, que contribuíram para que fossem tomadas medidas

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