Saúde

É um grande desafio discorrer sobre a oncologia pediátrica, pois a criança é sinônimo de alegria, esperança, crescimento, vida e futuro, tornando essa imagem da infância abalada com o aparecimento do câncer que, ao contrário, envolve sofrimento, dor e estresse.
Devido ao número elevado de casos, o câncer se destaca entre as patologias infantis. Antigamente a causa mais comum de morte em crianças acometidas com câncer era a Leucemia. Hoje, com grandes avanços tecnológicos para cura da doença, a mortalidade dessas crianças tem diminuído notavelmente. A Leucemia Linfoblástica Aguda representa 80% dos casos de leucemia, 30% destes no grupo etário pediátrico, sendo a neoplasia mais freqüente em indivíduos com até 15 anos de idade, com maior incidência entre 2 e 4 anos. As leucemias crônicas, que são muito comuns em adultos, nas crianças são em menos de 1%. Os fatores predisponentes da LLA são: infecções virais, fatores físicos e químicos, pacientes com síndrome de Down, Blom Klinefelter, Noonan, Anemia de Fanconi, neurofibromas, ataxia-telangectasia e outras anormalidades genéticas, como por exemplo, mutações do gene p53 e translocações genéticas do cromossomo 8q e um dos cromossomos 2, 14 ou 22.
A característica marcante da LLA é o acometimento de células sanguíneas a partir da transformação maligna de uma célula progenitora, resultado de uma mutação espontânea celular. Essa anormalidade modifica o programa de diferenciação celular, proliferando conseqüentemente o clone leucêmico sobre as células normais. O diagnóstico laboratorial da LLA está fundamentado no hemograma, Raio-X de tórax, LCR, ultrassonografia, porém o que determina o diagnóstico definitivo da doença é o mielograma. O tratamento da leucemia pode se realizar por meio de indução da remissão, tratamento profilático do SNC, terapêutica de manutenção, reindução da remissão, no caso de recidiva, e transplante de medula.
Para obter qualidade no atendimento dos cuidados de Enfermagem aos portadores de