SAUDE NO BRASIL
Em Uberlândia, pediatras protestam contra condições nas UAIs
Um documento assinado por 44 médicos pediatras das Unidades de Atendimento Integrado (UAIs) de Uberlândia foi entregue, ontem, à prefeitura, aos órgãos do Judiciário, ao Conselho Regional de Medicina e à imprensa, denunciando condições precárias em que trabalham osprofissionais. O secretário municipal de Saúde, Gladstone Rodrigues da Cunha, considera a reivindicação uma estratégia política por estar a 15 dias do segundo turno das eleições. A carta aberta à população, protocolada na Procuradoria Federal, Promotoria da Saúde Municipal e na Secretaria Municipal de Saúde, segundo Sandra Faria, delegada do Sindicato dos Médicos de Minas Gerais, aponta 14 pontosnegativos. Entre eles, a redução do atendimento pediátrico noturno, que hoje é feito em quatro das oito unidades. “Tem dia que um pediatra atende sozinho, outro dia não tem nenhum e a mãe tem que ficar andando de unidade em unidade com o filho doente”, disse Sandra Faria. No documento, os profissionais denunciam ainda baixa remuneração, sobrecarga de trabalho e espaços físicos inadequados paraatendimento. O secretário de Saúde disse não ter sido informado em datas anteriores sobre o descontentamento dos pediatras das UAIs. Gladstone Cunha afirmou que deve se reunir com os profissionais de saúde para ouvir as reivindicações. E disse que, no dia 13, recebeu um documento em que os pediatras solicitam reajuste salarial de 99,82%. Ele descartou a possibilidade. “O aumento deve ser de 10% em2011”, disse. A delegada do sindicato nega a informação. “A última vez que pedimos aumento foi no ano passado”, disse.
Médicos afirmam que trabalho nas unidades dobrou Atualmente, as Unidades de Atendimento Integrado (UAIs) trabalham com 16 plantonistas em pediatria. Das 23h às 7h, o trabalho se concentra nas unidades dos bairros Roosevelt, Tibery, Pampulha e Planalto com oitos médicosdistribuídos. “Tecnicamente, o serviço dobrou e não recebemos aumento”, disse a pediatra Sandra Faria, delegada do Sindicato dos Médicos de Minas Gerais. O secretário municipal de Saúde, Gladstone Rodrigues da Cunha, disse que o fim dos atendimentos noturnos em quatro unidades se deve à falta de demanda. “Tinha noite que o médico atendia uma ou duas crianças. Estava gerando um custo a mais por poucotrabalho”, afirmou. Profissionais dizem que situação de trabalho é precária A pediatra Viviane Garcia de Souza disse que faz plantão nas Unidades de Atendimento Integral (UAIs) há 13 anos e afirma que nunca conviveu com falta de condições adequadas de trabalho como a atual. “O paciente é vítima como nós. Esse discurso de que não tem demanda de crianças para oito UAIs é antigo, a cidade cresceu,...
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