saude da mulher
O Ministério da Saúde lançou a Campanha Incentivo ao Parto Normal. A cesariana já representa 43% dos partos realizados no Brasil no setor público e no privado. Nos planos de saúde, esse percentual é ainda maior, chegando a 80%. Já no Sistema Único de Saúde, as cesáreas somam 26% do total de partos. O parto normal é o mais seguro tanto para a mãe quanto para o bebê. De acordo com a recomendação da Organização Mundial da Saúde, as cirurgias deveriam corresponder a, no máximo, 15% dos partos.
Por ser uma cirurgia, a cesariana somente é indicada para os casos que tragam risco para a mãe ou o seu bebê. Quando realizada sem que exista uma indicação médica precisa, aumentam os riscos de complicações e de morte para a mulher e para o recém-nascido.
Não é raro que as cesarianas sejam agendadas antes de a mulher entrar em trabalho de parto. Estudos demonstram que fetos nascidos entre 36 e 38 semanas, antes do período normal de gestação (40 semanas), têm 120 vezes mais chances de desenvolver problemas respiratórios agudos e, em conseqüência, acabam precisando de internação em unidades de cuidados intermediários ou mesmo UTI Neonatal. Além disso, no parto cirúrgico há uma separação abrupta e precoce entre mãe e filho, num momento primordial para o estabelecimento de vínculo.
Finalmente, as chances de a mulher sofrer uma hemorragia ou infecção no pós-parto também são maiores em caso de cesárea, existindo ainda um risco aumentado de ocorrer problemas em futuras gestações, como a ruptura do útero e o mau posicionamento da placenta.
O que se imagina é que as mães deveriam em principio, caminhar no sentido de fazer o parto normal e, caso apresente-se ao final da gestação alguma situação diferente ou possível complicação ou risco na saúde dela e do bebe, optar-se-ia pela cesariana. No entanto, muitas vezes por conveniência, medo ou mesmo praticidade, as gestantes agendam a cirurgia em uma data específica,